Este artigo do Público estabelece uma certa ligação entre o chamado caso Robles e a queda nas intenções de voto do BE. Essa relação existe mas não como se poderá pensar. Não é por aquilo que Robles fez que o BE poderá perder eleitorado. O caso Robles teve o condão de chamar a atenção para a inconsistência política do partido dirigido por Catarina Martins. É possível que durante muito tempo uma certa petulância e algum espectáculo na praça pública disfarcem a inexistência de ideias substantivas sobre como governar o país ou a existência de más ideias sobre o assunto. Basta, porém, um pequeno e inesperado acontecimento (e o caso Robles não passa disso) para que as pessoas pressintam, mesmo que de forma obscura, a falta de substância e comecem a equacionar se, à esquerda, não haverá melhores opções de voto. Se o BE pensa que a eventual perda de eleitorado se deve a Ricardo Robles, arrisca-se a não compreender o principal e o principal está na pouca consistência de muitas das suas propostas políticas e no próprio modo de fazer política.
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