quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Nocturnos 37

Fred Kradolfer, New York, 1921

O azul da noite levita sobre a cidade, quase uma música, quase um fruto maduro. Os prédios envolvem-se no véu e esperam em golfadas de oiro e néon a luz que, passado o tempo oceânico da escuridão, lhes traga a seda da aurora desenhada na rosácea furtiva do primeiro crepúsculo.

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