Oskar Kokoschka, Cavaleiro errante, 1915 |
e o tempo,
e de Aquiles, a ira,
e de Orlando, a fúria,
haveria de cantar.
Saiu-me por arte
a falta de engenho
e cheguei tão tarde
que outros
antes as cantaram.
Para herói de alfurja
chego-me eu.
Pego na garrafa vazia
e estremeço
encardido de carvão.
Dezembro de 2020
A sensação de que tudo o que havia de grande para dizer já ter sido dito por grandes tem-me sempre impedido de alguma forma de dizer.o que, felizmente, não acontece consigo.belo poema...
ResponderEliminarMuito obrigado. Há sempre qualquer coisa para dizer, apesar de os grandes já terem dito tudo.
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