Eugène Atget, Avenue des Gobelins, 1925 |
Manequins são emanações de um país cujo dialecto desconhecemos. Imitam os homens para por eles seres imitados, mas nunca os olham dentro dos olhos. Ensimesmados, julgam-se a verdadeira humanidade. Enfrentam a indiscrição e nunca se entregam a confidências. Não choram, não riem, não os atinge a culpa silenciosa do sentimento.
Sempre me infudiram um vago receio, não sei bem porquê. Talvez por serem tão estáticos. Os robôs humanoides não me assustam como estes bonecos fantasmagóricos... mas o texto é curioso.
ResponderEliminarTalvez essa natureza estática os torne realmente ameaçadores. Depois, há aqueles que aparecem decapitados, o que torna a atmosfera mais pesada.
EliminarSim, é o serem estáticos que alerta o medo. Dos desmembrados nem falo, talvez só a Marta Shelley pudesse criar algo de belo e terrível com eles.
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