domingo, 9 de fevereiro de 2014

O sentido das coisas

Edvard Munch - The Storm (1893)

Em certo tipo de pensamento simbólico - pensamento que horrorizará os guardiões do templo da razão - estabelece-se conexão entre o que se passa entre os homens e os acontecimentos da natureza. Por exemplo, o desarranjo dos elementos simbolizará o desarranjo da vida e sociedade humanas. A ira dos céus estará em correspondência com a raiva na Terra. Este pensamento analógico não explica, certamente, nem os fenómenos físicos nem os naturais. Também não permitirá fazer previsões ou construir estratégias de defesa do homem contra as indisposições da natureza. Deitá-lo fora, porém, seria amputar a humanidade da imaginação como instrumento de construção do sentido das coisas.

3 comentários:

  1. Seria bom se conseguíssemos "interiorizar" este Munch e tentarmos perceber as reacções da natureza.

    Cuidado com o temporal. Boa semana.

    Um abraço

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  2. Concordo em absoluto. A natureza, a superior e a nossa, tem muito que se lhe diga... :)

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