Julião Sarmento - Baixastral (1982)
Não sei se foi um artigo no Jornal
Torrejano ou um post num blog que
mereceu uma reacção de um leitor acusando-me de pura animosidade contra Cavaco
Silva. Isto foi já há muitos anos. Talvez esse leitor tenha razão. Nunca
consegui ver qualquer grandeza no que diz ou faz Cavaco Silva. E isto não se
deve ao seu posicionamento ideológico. Há pessoas de direita, com as quais não
estou de acordo em pontos essenciais, mas a quem reconheço grandeza. Há pessoas
de esquerda, com as quais posso estar de acordo, e que não me merecem qualquer consideração.
Cavaco Silva, porém, é o tipo de político que consegue sempre surpreender-me.
Consegue ser sempre mais banal do que a banalidade que lhe atribuo. Eu percebo
que a direita europeia ande um pouco perdida com a história da Grécia. Nós,
portugueses, somos dos que têm muito a ganhar se o actual governo grego
conseguir o milagre de pôr fim à estúpida e criminosa política que lhe é
imposta. Mas o que tem a dizer o Presidente
da República? Perora sobre o dinheiro que Portugal emprestou à Grécia, fala
como um taxista exaltado devido à malandragem que anda por aí. Cavaco Silva
consegue sempre surpreender-me, repito. É sempre pior, muito pior, do que eu o
imagino, e eu imagino-o já e sempre bastante mau.
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