Josef Sudek, Promenade from Kolin island, 1923
Davam na clareira demorados passeios, protegidos pela leve penumbra, não pelo amor da arte de passear, mas para serem vistos e, naturalmente, para verem. Há nesse acto de ver e ser visto uma necessidade cuja realização é inegociável. O estar na clareira, nesse sítio aberto à visão, é a porta da felicidade, pensa-se. Um encontro súbito, uma revelação inopinada, e a vida que até aí era destituída de sentido, ganha um horizonte e promete um destino. Por isso, os seres humanos precipitam-se para lá, ávidos e esperançosos. Sem quimeras, a vida seria insuportável.
Muito bom.
ResponderEliminarUm abraço
Muito obrigado.
EliminarAbraço