Pablo Picasso, Escenas de corrida, 1945 |
Duas coisas, conjugadas, impedem que a esquerda espanhola de formar governo, numa reedição do outro lado da fronteira da geringonça portuguesa, o que implica novas eleições a 10 de Nevembro, depois das inúteis legislativas de 28 de Abril passado. Em primeiro lugar, a vexata quaestio da Catalunha. Em segundo lugar, o peso demasiado grande do Unidos-Podemos. Poder-se-á argumentar que em Portugal, o peso eleitoral do BE e do PCP era maior e não foi obstáculo à formação de um governo suportado pelas esquerdas. É verdade, mas o facto de estarem divididos e possuírem objectivos diferenciados permitiu a António Costa formar governo sem ter de abdicar do essencial das suas convicções, as quais estão mais próximas do centro-direita do que da esquerda. O Unidos-Podemos ocupa um lugar à esquerda do PSOE sem concorrência e tem, por isso, mais poder para pôr em causa as políticas dos socialistas espanhóis, não muito diferentes das dos portugueses.
Também não se me afigura despiciente o facto de em Portugal, aquando da formação da geringonça, a direita estar no poder, enquanto em Espanha, até ao momento, ter sido o PSOE a dirigir o governo.
ResponderEliminarUm abraço
Também é verdade, ainda por cima com um governo da direita portuguesa com tiques de professor castigador.
EliminarAbraço