Fernando Lerín, Sem título, 1998 |
3. Destino
Da perfeição do destino,
da obscura solidão,
da cadência das estrelas
a cintilar à luz das velas,
ninguém te fala.
Retiveram as palavras,
as águas do Outono,
a sombra do castelo
coberta de pedra
no vazio de Santa Maria.
Deus, cansado de luas,
deu-nos uma terra
e partiu em jangada
de areia e névoa
para o silo do silêncio.
[Pretérito
Imperfeito, 1981]
Belíssimo.
ResponderEliminarUm abraço
Muito obrigado.
EliminarAbraço