Marcel Duchamp, The Passage from
Virgin to Bride, 1912 |
Subitamente é-nos dado a ver a natureza mecânica de toda a metamorfose, um exercício de desfiguração e de promessa de reconfiguração. A aura romântica que cobria a passagem da inocência ao compromisso mostra uma faceta maquinal que o discurso amoroso e social ocultava. A intensidade da luz projectada pelo quadro de Duchamp diminuiu drasticamente mais de um século depois. A distância que vai do estado virginal ao de compromisso matrimonial alongou-se desmedidamente, como se a mecanicidade que o habitava fosse insuportável.
Muito interessante.
ResponderEliminarUm abraço
Obrigado.
EliminarAbraço