terça-feira, 21 de agosto de 2012

De recusa em recusa

Emil Nolde - Couple and Redheaded Child

É assim que o Ocidente se prepara para abandonar os lugares da ribalta mundial. Compreendo perfeitamente os direitos individuais, os da mulher em abortar e, os agora reivindicados academicamente, do homem em recusar  a paternidade não planeada (ter filhos tornou-se um exercício burocrático). Mas de direito em direito, de recusa em recusa, vamos chegar ao momento que uma criança será um acontecimento absolutamente excepcional. Não sei se há solução neste conflito entre os direitos dos indivíduos e a persistência das comunidades. Mas o que parece claro é que esta aporia é um sintoma, mais um, de um estado de decadência, do qual, porventura, não haverá retorno.

2 comentários:

  1. Caro JCM,
    É de facto uma razão para ficarmos apreensivos (falo a sério).
    Mas se atentarmos bem, como os neoliberais dizem que toda a gente vai ser rica, quando assim acontecer as comunidades serão florescentes e os bebés vão nascer às ninhadas, porque a IVG caiu em desuso.
    O grande óbice será encontrar quem trabalhe para que essa "comunidade" possa usufruir disso tudo.

    Abraço

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    Respostas
    1. Talvez quanto mais ricos menos bebés. Enfim, um sarilho...

      Abraço

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