Não pára a
grande fábrica do mundo.
Tece e
destece, compõe sonhos e figura pesadelos.
Nela
trabalham mãos de dedos afilados
e se a tarde
chega e o trabalho vai,
logo um novo
turno abre as portas
e o mundo,
mesmo exausto mesmo moribundo,
levanta as
pernas e põe-se a caminho.
Se pudesse,
diria: estou neste mundo mas
não lhe
pertenço. Ele não perdoaria a mentira,
e entre
gritos e imprecações obrigar-me-ia
a provar
cada sombra e cada hora de nojo
e,
descontente, abrir-me-ia a grande porta
dessa
fábrica onde todos trabalham à porfia.
Gostei muito!
ResponderEliminarMuito obrigado.
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