Hermen Anglada-Camarasa - Sibila (1913)
Um dos efeitos dos nossos dias - um efeito que nunca deixa de me surpreender - reside no paradoxo que parece habitar no exercício da liberdade. Uma sociedade que se desregula, que cada vez abre mais e mais sectores de acção à liberdade dos homens, gera, ao mesmo tempo, no homem comum, um sentimento de desapropriação da sua liberdade e de aniquilação da sua capacidade de iniciativa, como se o aumento da liberdade possível fizesse crescer, em contrapartida e de forma exponencial, a experiência de uma irremissível fatalidade. Os tempos estão propícios para o retorno das Sibilas.
meu prezado JCM, acredito que a Humanidade neste século XXI, esteja caindo na real, ou seja, que as relações de poder criadas pela Igreja, em que poucos dominam muitos, é planetária. E esses muitos estão desapropriados de tudo. Liberdade, Igualdade e Fraternidade, chega a soar patético. E o Paraíso, a tal "recompensa" após tanto sofrimento...é grotesco. Penso que as Sibilas nunca estiveram ausentes. Grande abraço cá do Brasil. Neuza Pinheiro
ResponderEliminarTalvez a Igreja - refiro-me à Católica - tenha muito menos poder mundano do que se pensa. Houve uma altura que sim, mas isso já passou há muito. Quanto às Sibilas é possível que tenha razão.
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As vassouras nunca deixaram de ter o seu lugar. Nem mesmo agora que existem aspiradores que "apanham" tudo...
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Aspiradores? Houve quem lhe tivesse chamado vampiros.
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