segunda-feira, 1 de julho de 2013

A farsa prestes a descambar em tragédia

Caspar David Friedrich - Abbey in an Oak Forest (1809-10)

O ministro das Finanças demitiu-se. A substituta chega já com a legitimidade completamente arrasada. Em toda esta farsa, nunca saberemos o que é pior, se a ideologia que preside à destruição dos países do sul da Europa, se a inabilidade e imaturidade do governo português, se a impotência política do Presidente da República. Seja como for, uma coisa é certa, os portugueses são muito pacientes. Durante anos assistiram impávidos e serenos, quando não cúmplices através da votação e da compreensão que tudo perdoa, à tomada do Estado (central e autarquias) por uma gente irresponsável, incompetente, centrada em interesses que estão longe de ser o bem comum. Mesmo agora, que estão a ser conduzidos para o matadouro, para além de uns vagos protestos gerais e de uma ou outra fungadela mais estridente, continuam a olhar para o que se está a passar como se estivessem na plateia e não no centro do palco, onde desempenham o papel de vítimas. Esta farsa está a um passo de se transformar numa hedionda tragédia.

6 comentários:

  1. É verdade!No "teatro das comédias" o pano vai cair e em cima dos mesmos de sempre.

    Abraço

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    1. Para não variar. A avidez e a falta de decoro nunca têm limites.

      Abraço

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  2. Escrevi um comentário mas não estou certa de que não tenha ido para o espaço. Por isso, correndo o risco de me repetir, digo de novo:

    Este Governo faz disparates uns a seguir a outros, o primeiro-ministro revela, a cada instante, a falta de jeito que tem, é tudo de uma insensatez e de um desatino permanentes. Até a saída do Gaspar é uma 'cena' rocambolesca. Tudo isto tem ar de fim de festa, de teatro barato, de coisa decadente.

    A desgraça é que o País, estando em crise e à beira do colapso, esteja entregue a esta cambada de incompetentes.

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    1. O comentário original foi mesmo para o espaço.

      Completamente de acordo. Gente sem preparação, incompetente, incapaz de pensar. Gente que não conhece o país e o povo que tem para governar. Uma infelicidade.

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  3. Somos, de facto, demasiadamente público passivo, sentados à espera. Do fim. :)

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