Francis Bacon - Studies from the Human Body (1970)
72. Estranhos poderes
os do corpo
Estranhos poderes
os do corpo.
Dançam ao
sabor do vento,
crescem na
primavera
e abandonam-se
no outono.
A súbita
geografia de uma dor,
o pulsar
anoitecido do coração,
o destino
vazio do sangue:
leve,
enlouquecido, leviano.
Sucumbo ao
desejo insinuado,
ao latejar
das horas no ventre,
ao ardor que
se incendeia no olhar.
Pobres
poderes os do corpo.
Muito bom!
ResponderEliminarNão se aplica ao JCM, claro, mas por vezes o corpo tem as "costas largas" e a mente é "estreita".
Abraço
Muito obrigado, JRD. Quanto ao aplicar, por que razão não se haveria de aplicar. A partir de determinada idade, alarga a barriga e estreita a mente. Nada a fazer.
EliminarAbraço
Mesmo assim insisto na ideia de que não se aplica a si. Nem por sombras.
ResponderEliminarO que por aí mais há são mentecaptos ...
Ok, generosidade sua.
EliminarAbraço