Nadir Afonso - Bordel
No dia da morte de Nadir Afonso não escolho, para acompanhar o post, nenhum daqueles quadros onde o espaço - fundamentalmente, o espaço urbano - é reinventado, e dos quais muito gosto. Prefiro este, um quadro que posso ler como uma metáfora social. Não apenas porque o carácter das pessoas é corroído e prostituído pela vida social, mas porque no bordel encontro a essência da sociedade de mercado. Desde que haja dinheiro, a liberdade de escolha das mercadorias parece ser ilimitada. Na metáfora do bordel, descobrimos aquilo que os nossos dias entendem por liberdade. E é esta liberdade que é o motor central que faz girar o mundo actual.
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Nota: para quem quiser aceder a algumas reproduções da obra de Nadir Afonso, deixo o link para o seu blogue Espacillimité. Vale a pena.
Do arquitecto que detestava a arquitectura ao pintor que vivia a pintura.
ResponderEliminarObrigado pelo link.
Abraço
De nada, JRD. Vale mesmo a pena ir lá.
EliminarAbraço