Charles Émile August Duran - Danaë (1900)
8. O grito irado duma profetisa enlouquecida
O grito
irado duma profetisa enlouquecida,
a voz grave
da camélia desfolhada,
o som de
dezembro ao anoitecer.
Trazes esse
mundo por entre o fulgor dos cedros,
e eu olho-te
e vejo-te na obsessão do amor,
na inquieta
certeza do crepúsculo.
Estendo a
mão vazia para a rua sonâmbula
e espero que
a escuridão se desvaneça
se a tua
sombra se desenha no umbral.
Muito bom!
ResponderEliminarE quando a luz iluminar o umbral a mão ficará cheia.
Um abraço
Muito obrigado, JRD.
EliminarAbraço