Edgar Degas - Bather Stretched out on Floor (1886-88)
9. O ritmo das mãos sob a luz da tarde
O ritmo das mãos
sob a luz da tarde,
a ideia do
inverno a germinar no peito,
o silêncio
simples dos dias de sombra.
Trazes em ti
a respiração do vento,
as promessas
azuis que o outono deixou,
um resto de
luar cerzido pela noite.
Retiro-me
para o declínio das estrelas
e traço na
areia figuras de seda e musgo,
o teu corpo aceso
no fulgor deste olhar.
Entre a tarde e a noite, as mãos guardam a memória do olhar.
ResponderEliminarMais um poema muito belo.
Votos de um bom Ano Novo.
Um Abraço
Muito obrigado, JRD.
EliminarUm bom Ano Novo.
Abraço