domingo, 29 de dezembro de 2013

Metamorfoses 9 - O ritmo das mãos sob a luz da tarde

Edgar Degas - Bather Stretched out on Floor (1886-88)

9. O ritmo das mãos sob a luz da tarde

O ritmo das mãos sob a luz da tarde,
a ideia do inverno a germinar no peito,
o silêncio simples dos dias de sombra.

Trazes em ti a respiração do vento,
as promessas azuis que o outono deixou,
um resto de luar cerzido pela noite.

Retiro-me para o declínio das estrelas
e traço na areia figuras de seda e musgo,
o teu corpo aceso no fulgor deste olhar.

2 comentários:

  1. Entre a tarde e a noite, as mãos guardam a memória do olhar.
    Mais um poema muito belo.

    Votos de um bom Ano Novo.
    Um Abraço

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