Ana Peters - Azul prusi (1993)
22. Chegou o tempo azul da quaresma
Chegou o
tempo azul da quaresma.
Veio ferido
de musgo
e um
mistério de fogo sorri-lhe na tarde.
Conto em
teus dedos cada páscoa vivida
e espero
ouvir essa voz
quando o
sino ressoar na floresta.
Estes são os
dias de penúria,
onde errantes
caminhamos descalços
e da
indigência fazemos a breve glória.
Não sei se o tempo da Quaresma tem cor, mas sei que, de tão belo, este poema dói.
ResponderEliminarAbraço
Talvez seja mesmo azul. Obrigado, JRD.
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