Edvard Munch - Dia de Verão (1904-08)
31. esqueço tudo se o verão chega
esqueço tudo se o verão chega
e espreita para lá dos cedros
para traçar com letra de fogo
uma ordem de rendição
a carne ainda sedenta de frio
entrega-se à dolência das tardes
sem incêndio nem esperança
apenas um desejo de sombra
escrito no rosto de quem passa
oiço o mar como uma miragem
e vejo a exaltação do teu olhar
ali mesmo onde a cinza avança
e espreita para lá dos cedros
para traçar com letra de fogo
uma ordem de rendição
a carne ainda sedenta de frio
entrega-se à dolência das tardes
sem incêndio nem esperança
apenas um desejo de sombra
escrito no rosto de quem passa
oiço o mar como uma miragem
e vejo a exaltação do teu olhar
ali mesmo onde a cinza avança
(averomundo, 2010/02/04)
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