Justenus van Rijkom, Canal Amsterdam, 1890s
Esse sonho que volta sempre, que me invade as noites com a sua luz irreal para desaparecer chegada a manhã. As águas do canal deslizam sonâmbulas, reflectem o casario gasto pelos anos e eu ali vou, vestido de negro, fúnebre. Do outro lado vem sempre a mesma rapariga vestida de branco. Quero falar-lhe, esboço um gesto e quando ela me olha, os seus olhos são apenas dois buracos vazios. Nesse instante, acordo, a luz da manhã entra pelas portadas mal fechadas. Levanto-me mal refeito da surpresa.
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