Thomas Hoepker, Inside the Pantheon. Rome, Italy, 1984
Independentemente daquilo que vier a suceder mais logo na votação do conselho nacional do PSD e do que se possa pensar de Luís Montenegro, a verdade é que Rui Rio tem-se mostrado um líder fraco, errático e incapaz de explorar a falta de energia e de ideias que atingiu a coligação parlamentar que suporta o governo. O decepcionante em Rui Rio é a falta de carisma e isso não é uma coisa que se adeqúe à história do PSD. Este vive na sombra projectada por Sá Carneiro e Cavaco Silva, cada um à sua maneira políticos carismáticos. A forma como Rui Rio liderou a câmara do Porto, a firmeza com que prosseguiu os seus objectivos e o conjunto de vitórias que obteve levaram muita gente, no PSD, a pensar que se tinha encontrado o homem certo, que uma luz teria entrado no templo que vivia de lamentações perante a desfaçatez da coligação de esquerda ter encontrado uma solução governativa. Rui Rio, porém, não mostrou, até ao momento, que o facto de ter sido um bom presidente de câmara de uma grande cidade é currículo suficiente para ser candidato a primeiro-ministro. Quem olha de fora parece-lhe que a Rui Rio falta energia, capacidade de empatia com a população e um conjunto de ideias bem articuladas para governar o país. Parece um líder perdido no labirinto que ele próprio criou.
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