segunda-feira, 8 de março de 2021

Nocturnos 54

Harry Callahan, Aix-en-Provence, 1957

No tear do tempo, como se esperasse a vinda de Tirésias, a noite tece as suas teias, armadilhas de seda, ciladas de carvão, artifícios de aço. Ali reina o embuste e o logro. Se incauto, alguém cai no ardil, as trevas cerram-se até que da luz não reste um fio na memória.

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