Henri Matisse - Entrance to the Kasbah (1912)
Decididamente, o mundo muçulmano é hoje em dia um actor fundamental na geopolítica mundial, como se pode ver pelas reacções às caricaturas francesas (aqui) ou ao filme idiota produzido nos EUA. Quando se fala de mundo muçulmano refere-se a rua. Através de uma criteriosa encenação e aproveitamento das tecnologias de comunicação, a rua muçulmana exerce uma contínua pressão sobre o Ocidente e os seus valores. É paradoxal a situação que se vive neste lado do mundo. Qualquer ataque à figura de Cristo ou do Papa é interpretado, e muito bem, dentro do âmbito da liberdade de expressão. Contudo, os ocidentais estão a ser pressionados a deslocar o problema da crítica a Maomé e ao Islão da área da liberdade de expressão para a da segurança. É nisto que os estrategas radicais do Islão apostam, condicionar o Ocidente pelo medo e pela consciência culpada. No dia em que o mundo ocidental trocar a liberdade pela segurança, terá alienado a sua identidade e o seu modo de vida, terá começado a sua derrota enquanto civilização. É isto que pretendem os fanáticos com as suas coreografias ululantes e cheias de fogo de artifício. Contrariamente ao que se pode ingenuamente pensar, o problema não é religioso, mas pura e simplesmente político.
Absolutamente de acordo.
ResponderEliminarO Ocidente não aprende e porque tem medo da rua tranca-se em casa...
Isto pode ficar mesmo muito desagradável, a começar pela nossa fronteira sul, Marrocos.
EliminarAs caricaturas e o filme estão totalmente de acordo com aquilo que maomé nos revelou.
ResponderEliminaros muçulmnaos é que não percebem nada do islam, nem querem perceber.
Certamente, que as caricaturas e o filme não têm a ver com a revelação islâmica, mas com o comportamento de muitos muçulmanos e a sua atitude intolerante. A questão, porém, é que a liberdade - incluindo a liberdade de dizer coisas erradas - é um bem que está acima dos sentimentos e convicções de quem quer que seja.
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