Odilon Redon - A loucura (1883)
Terceira lição grega: muito provavelmente, a zona euro já passou o ponto em que ainda haveria esperança de reforma e correcção. A zona euro transformou-se num nó górdio, sem solução. E todos os dias, dentro de si própria, crescem as forças da desmesura e da desrazão que lhe darão, se não ocorrer um milagre, um golpe de misericórdia tão brutal, que talvez venha a ser ele a marcar o verdadeiro início do século XXI. (Viriato Soromenho Marques, Diário de Notícias)
O texto de Soromenho Marques sobre a situação da Europa profetiza, na ausência de um milagre (sic), o fim - um fim doloroso - da aventura do euro e, por certo, da União Europeia. O apocalipse seria trazido pelas forças da desmesura e da desrazão, as quais, devido à política da zona euro, crescem todos os dias. Que forças são estas? Quem são os quatro cavaleiros do apocalipse? Tudo indica que são as forças nacionalistas, a extrema-direita xenófoba ou movimentos políticos sem formatação ideológica, nascidos da decomposição dos sistemas partidários, atentos às pulsões nacionalistas dos eleitorados. Mas serão estas forças os verdadeiros cavaleiros do apocalipse? O problema é que o nacionalismo, a desmesura e a desrazão já governam a própria Europa, embora disfarçados com a ideologia do livre-mercado, do combate à outrance aos défices excessivos e da ausência de fronteiras. Quem manda na Europa - a Alemanha e alguns países do norte com ela alinhados - impõem sem dó nem piedade a presente política por motivos nacionalistas e xenófobos, como forma de atender às exigências de eleitorados já muito contaminados por um nacionalismo imperioso. O nacionalismo e a xenofobia não nascem fora dos governos europeus. Nascem dentro, nascem de uma política que visa pura e simplesmente alimentar eleitorados que vivem à custa, literalmente, da desgraça de muita gente. Os cavaleiros do apocalipse, as forças da desmesura e da desrazão, na linguagem de Soromenho Marques, não estão a crescer e a aproximar-se do poder. Já lá estão. Três (a fome, a morte, a conquista) dos quatro cavaleiros são facilmente reconhecíveis. Ao longe, quem tiver o olho apurado e fria atenção percebe já a sombra do que falta, a guerra.
O texto de Soromenho Marques sobre a situação da Europa profetiza, na ausência de um milagre (sic), o fim - um fim doloroso - da aventura do euro e, por certo, da União Europeia. O apocalipse seria trazido pelas forças da desmesura e da desrazão, as quais, devido à política da zona euro, crescem todos os dias. Que forças são estas? Quem são os quatro cavaleiros do apocalipse? Tudo indica que são as forças nacionalistas, a extrema-direita xenófoba ou movimentos políticos sem formatação ideológica, nascidos da decomposição dos sistemas partidários, atentos às pulsões nacionalistas dos eleitorados. Mas serão estas forças os verdadeiros cavaleiros do apocalipse? O problema é que o nacionalismo, a desmesura e a desrazão já governam a própria Europa, embora disfarçados com a ideologia do livre-mercado, do combate à outrance aos défices excessivos e da ausência de fronteiras. Quem manda na Europa - a Alemanha e alguns países do norte com ela alinhados - impõem sem dó nem piedade a presente política por motivos nacionalistas e xenófobos, como forma de atender às exigências de eleitorados já muito contaminados por um nacionalismo imperioso. O nacionalismo e a xenofobia não nascem fora dos governos europeus. Nascem dentro, nascem de uma política que visa pura e simplesmente alimentar eleitorados que vivem à custa, literalmente, da desgraça de muita gente. Os cavaleiros do apocalipse, as forças da desmesura e da desrazão, na linguagem de Soromenho Marques, não estão a crescer e a aproximar-se do poder. Já lá estão. Três (a fome, a morte, a conquista) dos quatro cavaleiros são facilmente reconhecíveis. Ao longe, quem tiver o olho apurado e fria atenção percebe já a sombra do que falta, a guerra.
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