Charles Rennie Mackintosh - The tree of personal effort (1895)
Como poderemos nós, homens educados no espírito moderno, compreender
os versos do velho poeta grego Teógnis?
Nenhum homem é próspero ou pobre,
ou vil ou nobre, sem a sanção divina.
Ou estes:
Aquele a quem os deuses honram, até o desdenhoso enaltece;
mas de nada vale o esforço de um homem.
Fomos educados segundo uma ética do esforço e na crença na autonomia
do indivíduo. Talvez seja apenas naqueles momentos mais negros que o homem
moderno, agora também esquecido do papel da Graça, vislumbra, certamente por curtos
instantes, esse outro saber que nos diz que essa autonomia é pura vaidade. Sim,
seria o que diria Teógnis se aqui chegasse e olhasse para nós, homens
contemporâneos, crentes na religião da autonomia e ardentes defensores da superstição
do esforço. E também eu finjo pertencer à seita. (averomundo, 2008/08/06)
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