sábado, 29 de dezembro de 2018

No Limiar da Porta 21. Sôfrego, sento-me

Jean François Millet, Nu reclinado

21. Sôfrego, sento-me

Sôfrego, sento-me
na véspera da noite.
Traço no vidro da voz
figuras de ócio.
Trémulo, deixo cair
a porosa porcelana
do teu amor.

1978

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