Rafael Sanzio de Urbino - A Justiça (1508-1511)
A condenação a prisão perpétua de um político grego ou a penhora dos bens do genro do rei de Espanha fazem-nos corar de vergonha. A nossa justiça é um brinquedo na mão dos poderosos, que encontram na lei o amparo para os seus desvarios. De facto, não somos como os espanhóis, nem sequer como os gregos. Somos uma sociedade falsificada, viciada, uma sociedade em que a lei é perversa, em que os valores foram truncados pela habilidade do legislador. O sentimento de impunidade é tão grande que ninguém quer saber da corrosão do carácter nem do ressentimento social. Tudo se desagrega nas mãos de uma casta que se apossou do país e que só pensa em vampirizá-lo impunemente, ao mesmo tempo que reduz a população a níveis miseráveis de existência.
"El tribunal de un hombre es su consciencia y la mia está tranquila". Baltasar Garzon
ResponderEliminarE por cá, i.é, por aí (risos)? Quantos, dentro e 'fora da lei' podem falar assim?
Enfim, não sendo perfeito, é impressionante como tudo "aqui em cima" é tão diferente!...
Abraço
Cá não há consciências intranquilas, pois nem consciências parece existirem.
EliminarBoa estadia por aí.
Abraço