Giorgio de Chirico - A conquista do filósofo (1914)
30. Decifrador, eis um belo trabalho
Decifrador,
eis um belo trabalho.
Ingénuo,
acreditei,
pois se me
falha a fantasia,
sobeja-me a
paixão da fé.
Então,
acendi uma vela e vi
a infinita
tarefa de a tudo explicar.
A deuses e
homens não faltavam razões,
e na ânsia
de ir de cifra em cifra,
naufraguei
no velho oceano da ilusão.
Se calhar quando procuramos decifrar as ilusões, morremos de desilusão.
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De certo modo foi o que aconteceu com os velhos mitos. A sua beleza estava na ilusão que os sustentava. Sacrificados no altar do historicismo e da cientificidade, tornaram-se uma desilusão.
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