A notícia do Público refere a presença, entre os carrascos do Estado Islâmico, de um jovem luso-descendente. Há outros ocidentais, mas a fotografia possui mais do que um mero valor noticioso. Ela mostra a natureza dos homens e aquilo que são capazes de fazer em nome da ideologia (seja política, religiosa ou outra). Se o século XX teimou em desmentir a ideia de progresso moral da humanidade, o século XXI continua, com afinco, esse desmentido. Podemos perguntar sempre o que leva um jovem ocidental a abraçar causas que lhe são estranhas. Haverá respostas de índole psicológica, sociológica ou mesmo política. Mas há uma pergunta mais fundamental, aquela que nos envia para o mysterium iniquitatis: porquê este fascínio pelo mal? Olho para esta fotografia e é a única coisa que me ocorre, o mistério do fascínio que o mal exerce na alma dos homens.
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