Claude Monet - Bordighera, Italy (1884)
xxx. o fundo onde tudo se recolhe
o fundo onde tudo se recolhe
abre-se para a inércia do olhar
como se um pássaro cantasse
na hora em que a terra escurece
não é a tristeza sobre a face
nem o abandono que há-de vir
não é a dor que dói no horizonte
nem a ruína que se pressente
apenas uma cotovia se esconde
presa na sombra da buganvília
na hora em que a terra escurece
não é a tristeza sobre a face
nem o abandono que há-de vir
não é a dor que dói no horizonte
nem a ruína que se pressente
apenas uma cotovia se esconde
presa na sombra da buganvília
apenas a minha mão se ergue
para a escuridão que se levanta
(03/11/2009 - recuperação do ciclo Impressões do meu antigo blogue averomundo)
(03/11/2009 - recuperação do ciclo Impressões do meu antigo blogue averomundo)
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