Julia Margaret Cameron - The Parting of Lancelot and Guinevere, 1874
A espera é o que medeia entre a consumação e a separação. Ainda há, no rosto melancólico e já ferido dos amantes, uma ténue esperança de que a duração se suspenda e a eternidade os colha ali. Em vão. O afastamento reclama já a sua herança e a espera é o lugar onde as agulhas do tempo tricotam, imperativas, severas, inexoráveis, o tecido do abandono. Uma mão ainda se prende na do amante, mas outra desenha já o caminho da fuga.
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