Este post de O Insurgente labora no maior dos equívocos. Não me refiro à profecia da fragmentação dos EUA devido ao declínio do predomínio dos descendentes de povos europeus sobre os de povos de outras origens étnicas. Refiro-me à ideia de Barack Obama ser um não-europeu. Se o que faz um europeu é a cor da pele e dos olhos ou a sonoridade do nome, então há muitos europeus que, habitando na Europa há centenas ou milhares de anos, não são europeus. Se há uma coisa que une a Europa, para lá dos devaneios rácicos, é uma cultura e um espírito, uma certa atitude perante o mundo. Há muito que a América não era governada por um espírito tão aristocrático e europeu. Ao pé do refinamento intelectual e da atitude de nobreza de Obama, muitos dos ex-presidentes americanos, daqueles que descendem de europeus, não passam de bárbaros, aos quais a Europa sempre encontra múltiplos motivos para desdenhar. A América elegeu, felizmente e por duas vezes, um verdadeiro príncipe, elegeu alguém que nenhum povo europeu, a começar por nós, desdenharia ter entre os seus cidadãos e entre os seus governantes. Obama é mais europeu que os Coelhos, Barrosos, Rajoys, Merkels, etc., etc. que saltitam por aí, afundando a pobre e fragmentada Europa, essa sim muito mais próxima da implosão do que os já pouco europeus EUA.
Assino por baixo, Jorge. Eu, que não gosto de presidentes, vejo neste homem um príncipe. A aristocracia é cosa mentale, raríssima no nosso relvado nacional.
ResponderEliminarOs nossos príncipes, Ivone, estão velhos ou mortos. Restam-nos contabilistas e a nova classe de marçanos que se apoderou do poder. Um verdadeiro golpe de estado.
EliminarExcelente! Um belo Post. Gostei de ler.
ResponderEliminarCordialidade,
P.Rufino
Muito obrigado.
EliminarUm poste de excelência.
ResponderEliminarPor impedimentos vários não postei sobre estas eleições nos USA, mas peço licença para aqui deixar estes dois links, acerca das anteriores e de cujo conteúdo, apesar de alguma decepção, não me arrependo.
Se tiver tempo e paciência:
http://bonstemposhein-jrd.blogspot.pt/2008/11/o-primeiro-no-wasp_05.html
http://bonstemposhein-jrd.blogspot.pt/2008/11/o-primeiro-no-wasp-ii.html
Um abraço
A decepção sobre o desempenho de Obama é relativamente injusta. Na verdade, a arquitectura política dos EUA não permite grandes voos, embora permita grande delírios, como os de Bush filho e a guerra no Iraque. Julgo que Obama maximizou aquilo que podia. Há o caso de Guantanamo, mas mesmo aí é provável que ele tivesse limitações.
ResponderEliminarClaro que vou ler os post.
Abraço e bom domingo.