Paul Ackerman - La partie d'échecs
Gustavo não aceitava nem tolerava respostas contraditórias de Maria Alfreda. O consabido direito de entrar em contradição era um luxo que concedia apenas a si próprio. (Mário de Carvalho, A Sala Magenta, p. 43)
Ensina-se e pensa-se que a lógica é um saber neutro e instrumental, algo que serve para que os diversos saberes e discursos tenham coerência e validade. Raramente se pensa, porém, que em torno dela existe já uma luta pelo poder e pela dominação. Exigir ao outro que não se contradiga, que o seu discurso obedeça às regras de validade universal, é arrancá-lo da sua singularidade e da visão particular que lhe anima o espírito. E quantas vezes o espírito, na sua equivocidade, apenas capta a contradição que há em tudo, a volubilidade inconstante do seu querer, a impetuosidade do vento que sopra onde, de onde e para onde quer.
«(...)"sabes que a Margarida Roque gostou muito de te ver?(...) E se eu a convidasse para(...),que tal? O irmão começou a rir às gargalhadas, Marta estranhou a reacção, mas não reparou que Gustavo ia perdido de bêbedo.»
ResponderEliminar(ibidem p.140)
Um Abraço
Ainda não cheguei aí. A Margarida Roque ainda não a conheço. Só a Maria Alfreda e a Marília, para além da Marta, a irmã, claro.
EliminarAbraço