Esses corpos
azuis que se arrastam na lama,
os olhos
abertos vendados de poeira,
os dedos sujos
e as unhas cariadas,
o lixo que
se dá em contentores de plástico,
ventre
dilatado sem metáforas,
e a vida, servidão
sem amo nem destino.
As pernas laceradas
de arame farpado
e os pés arrastados na terra esburacada,
água
nocturna sem estrelas,
prodígio de
infâncias ignoradas pela rua.
Olho. Um
mecanismo de seda rasga o horizonte
e mãos
verdes abrem-se num tropel de uivos e sangue.
As cores dos condenados da terra-pátria madrasta.
ResponderEliminarAbraço
Sim, as cores dos condenados...
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