Raoul Dufy - Cais de Le Havre ao entardecer (1901)
33. Os navios que passam sob o olhar
Os navios
que passam sob o olhar
devolvem o
eco do que fui,
a memória
rasurada do que acabou.
Sentado no
cais, olho as pequenas mudanças,
o tiritar da
vida sobre as águas,
o rosto
ignorado da primeira infância.
Não tenho
biografia nem desejo de futuro.
Basta-me o
ardor desta hora
e uma canção
velha e sem melodia.
Mal de quem nunca viu o mar.Creio que só ele nos pode devolver memórias assim, mesmo que melancólicas.
ResponderEliminarBoa semana
Abraço
Talvez toda a memória seja melancólica. talvez tudo se resuma a uma colecção de memórias.
EliminarBoa semana
Abraço
..Belíssimo...talvez tudo por vezes seja melancolia...só por vezes. Melancoli e mar ao longe.
ResponderEliminarMuito obrigado, Maria.
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