sábado, 7 de janeiro de 2012

O sintoma da doença


Desistiram! Quando são os governantes que louvam e proclamam a bondade da emigração dos jovens quadros, que interpretação devemos fazer disto? Há muitas interpretações plausíveis. Mas talvez a mais pertinente seja a que nos mostra que estamos profundamente doentes. Não me refiro apenas aos portugueses – embora estes estejam quase em coma –, refiro-me aos europeus em geral. Só povos a caminho do estado terminal escolhem governantes como aqueles que nos cabem em sorte de há vinte anos para cá. Esta gente que elegemos, mesmo quando não votamos neles, não passa de um sintoma dessa doença mortal que atingiu a Europa e, com especial virulência, Portugal. O melhor mesmo é, quem pode, emigrar, e aquilo que há ainda de bom e rentável se venda aos chineses, aos árabes, aos angolanos. Nunca tive arroubos nacionalistas, nem acho que os chineses, os árabes, os angolanos sejam piores ou melhores que nós. O que é insuportável é estarmos entregues a elites políticas deste jaez, elites políticas que não têm uma ideia nem para o país nem para a Europa. Gente cuja missão é liquidar aquilo que foi obra de muitas gerações ao longo dos séculos. A Europa, a civilização ocidental, e no caso concreto, Portugal, vão morrer às mãos desta gente.

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