O ano
começou cinzento,
abatido e já
cansado,
pela dor que
terá ao caminhar.
Anos são
raparigas sombrias:
passam
sisudas pelas ruas,
casacos
novos tão gastos,
e suspiram
pelas noites de amor,
onde a felicidade
desagua
na carne
flácida despida de maresia.
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