quarta-feira, 6 de abril de 2016

A atracção do Islão

(fotos daqui)

O Islão, ao contrário do que se pensa, exerce sobre o Ocidente uma forte atracção. O livro de Michel Houellebecq, Soumission (Submissão) (ver aqui a sinopse, em francês), corre o risco de deixar de ser um livro de ficção-política para se tornar uma profecia realizada. E realizada não pela violência do terrorismo mas pela suave submissão dos ocidentais. Dois casos interessantes, mas que configuram já aquilo que Houellebcq dá a ver no seu livro. Em nome do mercado (e nós, europeus tardios, só já conhecemos o deus do mercado), marcas ocidentais, como Dolce & Gabana, desenham as suas roupas (diga-se, de passagem, belíssimas) segundo códigos culturais islâmicos. Apesar da contestação, mais um passo para a submissão, em nome do grande mercado (ver aqui e aqui). O segundo caso, passa-se na Suíça, e é um novo episódio da correcção cultural em nome da tolerância. Na verdade, uma outra faceta da submissão a valores que nos são estranhos. Num distrito do Norte da Suíça, os estudantes muçulmanos foram dispensados - não sem contestação, diga-se - de cumprimentar as professoras com um aperto de mão, como é a norma corrente. Na prática, considerou-se que a norma islâmica tinha primazia sobre a norma suíça. Como se vê, não é preciso terrorismo nem violência. Os ocidentais, ao aniquilarem o fundamento cristão do seu modo de vida e os valores que dele dependiam, estão dispostos, em nome do conforto e do dinheiro, a ceder a tudo. O Islão não precisa de fazer guerra aos ocidentais. Basta comprá-los. Eles vendem-se sem qualquer rebate na consciência.

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