Pére Ysern Alié - Regata en Mallorca (1915-17)
A história é particularmente sugestiva, pois integra arte moderna, administração, trabalhadores, veleiros e, o mais extraordinário, um apelo à caridade. Em resumo, a Tate Modern e a Tate Britain pediram aos seus trabalhadores para que contribuíssem com o quisessem para se comprar um veleiro a oferecer a Nicholas Serota, o homem que criou a Tate (aqui) e que a vai abandonar no próximo mês de Maio. A reacção dos trabalhadores não se fez esperar. O interessante da história não está no facto de ser mais um episódio da luta de classes, digamos assim, mas de tornar evidente que as elites se acham credoras de tudo e mais alguma coisa por parte da plebe, não recusando inclusive ao apelo caridoso. A cândida atitude da administração da Tate e o seu espanto perante a reacção dos trabalhadores é o dado mais interessante de toda esta história. Assinala, com precisão, o grau de autismo social em que se caiu. Estas coisas começam a fazer lembrar a situação que conduziu, segundo uma história possivelmente apócrifa, uma rainha em desespero de causa a dizer se não têm pão, que comam brioches.
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