quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Nocturnos 34

Nat Finkelstein, Bob Dylan, 1965

Trago em mim a escuridão. Caminho com ela. Cansado, sento-me, fumo um cigarro, e ela jorra de mim em borbotões, vórtices, um tumulto no fundo da alma. Depois, ergo-me e oiço-a a ranger nas vísceras. Olho-a de frente e sinto-me esmagado. Corro para uma fonte de luz, ela vem atrás de mim.

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