Caspar David Friedrich - Spring (1926)
7. soneto
de que vale a vida
se o perigo não espreita na clareira
se a floresta for apenas um mar
de palavras secas e exaustas
poucas as coisas que amei
uma casa a vertigem ante o abismo
o galope das horas na torre da igreja
uma promessa de neve por cumprir
amei-as no terror que traziam
no segredo que nelas crescia
mal o jardineiro as podava para mim
cortava imagens limpava visões
gritava contra a glória da manhã
e elas floresciam na primavera
se o perigo não espreita na clareira
se a floresta for apenas um mar
de palavras secas e exaustas
poucas as coisas que amei
uma casa a vertigem ante o abismo
o galope das horas na torre da igreja
uma promessa de neve por cumprir
amei-as no terror que traziam
no segredo que nelas crescia
mal o jardineiro as podava para mim
cortava imagens limpava visões
gritava contra a glória da manhã
e elas floresciam na primavera
(averomundo, 2009/12/24)
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