Gilles Aillaud - Deserto (1986)
8. tivera corpo e seria poeta
tivera corpo e seria poeta
escreveria embriagado
no perfume da noite
e a alma subiria a escarpa
que conduz ao lugar
onde o medo não dorme
um relâmpago levou-me o temor
a pedra a que chamamos corpo
vagueio agora descarnado
escreveria embriagado
no perfume da noite
e a alma subiria a escarpa
que conduz ao lugar
onde o medo não dorme
um relâmpago levou-me o temor
a pedra a que chamamos corpo
vagueio agora descarnado
pela floresta de sombra
sento-me e olho o mar
ao longe oiço o meu nome
ao virar-me
sento-me e olho o mar
ao longe oiço o meu nome
ao virar-me
o deserto arde e chama por mim
(averomundo, 2009/12/26)
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