Jean-François Raffaëlli - Notre-Dame de Paris (1896)
14. eternidade
nas ruas onde havia
uma sombra de eternidade
a melancolia vinha devagar
poisar no dorso da tarde
um punhal ferido na palidez
com que a luz se despedia
e tudo se silenciava
na oscilação que a vida trazia
um restolhar de folhas
passos alvoraçados
e as horas tristes passavam
para morrer na eternidade
uma sombra de eternidade
a melancolia vinha devagar
poisar no dorso da tarde
um punhal ferido na palidez
com que a luz se despedia
e tudo se silenciava
na oscilação que a vida trazia
um restolhar de folhas
passos alvoraçados
e as horas tristes passavam
para morrer na eternidade
(averomundo, 2010/01/08)
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