Antonio Bisquert - Filósofos (1979)
18. o filósofo
ao filósofo cabe-lhe a tarefa do infinito
sobre os seus ombros curvados
repousa a negação de tudo o que acaba
na flor não vê pétalas nem o fruto a vir
apenas a ideia que lá não está
cego pela luz do que não tem fim
caminha nesta terra sem pátria ou lar
e assim vai arguindo o arconte da humanidade –
dissolve os frutos maduros da velha árvore
na névoa invisível do obscuro meditar
sobre os seus ombros curvados
repousa a negação de tudo o que acaba
na flor não vê pétalas nem o fruto a vir
apenas a ideia que lá não está
cego pela luz do que não tem fim
caminha nesta terra sem pátria ou lar
e assim vai arguindo o arconte da humanidade –
dissolve os frutos maduros da velha árvore
na névoa invisível do obscuro meditar
(averomundo, 2010/01/13)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.