Gustave Caillebotte - Rua de Paris em tempo de chuva (1877)
15. chegaram as chuvas
chegaram as chuvas
as ruas alagaram
e rios de ocasião
perdem-se ociosos
no além-margem
à janela deixo o mundo
envolver-me os olhos
para que creia
as ruas alagaram
e rios de ocasião
perdem-se ociosos
no além-margem
à janela deixo o mundo
envolver-me os olhos
para que creia
na sua existência
mas só vejo água
e sombra de nuvens
em ruas de pedra
onde cresce a desolação
mas só vejo água
e sombra de nuvens
em ruas de pedra
onde cresce a desolação
(averomundo, 2010/01/09)
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