Este belíssimo anúncio à cerveja Sagres,
retirado com a devida vénia do Rua Dos
Dias Que Voam, um blogue cheio de coisas destas e a visitar com regularidade,
evoca em mim a primeira experiência com a cerveja (bebida da qual não sou particular
adepto). Não me refiro à experiência de beber cerveja, mas de admirar a própria
garrafa. Uma garrafa castanha com os símbolos e o lettring pintados a creme. Julgo que a tampa, carica, era cinzenta ou
prateada com Sagres escrito a vermelho e naquelas belas letras cursivas que se vêem na imagem.
Há toda uma elegância, fundada num quase despojamento de elementos icónicos, que
contrasta com o ruído visual que foi crescendo ao longo dos tempos. Nas raras ocasiões
que se me coloca a questão de beber uma cerveja, nunca me passa pela cabeça preterir
a Sagres pela concorrência. Isso deve-se, porém, à peça de arqueologia aqui representada,
a velha garrafa da Sagres. É o que faz ter espessura temporal. O slogan também é
perfeito, a sede que se deseja. Há imagens que são verdadeiros arquétipos. (averomundo, 2010/01/07)
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