Paul Cézanne - The Bather (1855-57)
Início hoje a republicação dos treze (um número cabalístico, por certo) pequenos episódios do Diário de um banhista, escrito em 2007 e postado no meu antigo blogue averomundo, que já entregou, há muito, a alma ao criador. Confirmo que o meu espírito de banhista não se alterou, talvez algumas facetas se tenham acentuado, só isso. Comecemos então.
Adoro a praia. É um amor enternecido e respeitoso, um amor feito de
longas distâncias e cortesias reverentes. Estou a banhos desde domingo passado
e, felizmente, ainda não pisei areia. Não se deve pisar aquilo que amamos. Há
movimento cá por casa, gente que vai até à beira-mar, volta crestada pelo sol,
enfarinhada de areia. Comenta-se a excelência do tempo, do sol, da temperatura,
da água… Eu acredito, acredito em tudo piamente, mas a minha devoção a tanta
praia impede-me estes excessos. Sacrifico-me por amor e fico em casa. É duro,
mas o amor a tudo justifica. (averomundo,
2007/08/01)
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