quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Não aprendemos nada

David Lynch - A Bug Dreams of Heaven (1992)

Deixemos, por momentos, a troika de lado. Ela não é causa, mas consequência. Há dias em que apetece desistir completamente. É tão visceral em nós uma cultura de falta de exigência, de facilidade, de ausência de rigor, de reivindicação de patamares cada vez mais baixos, que qualquer esperança de um país decente se torna ridícula. Foi essa falta de exigência connosco que nos tornou complacentes com as elites políticas que fomos escolhendo e que nos conduziram ao sarilho onde estamos. Mas não aprendemos nada. A complacência com o folclore instalado na sociedade e nas instituições cresce. Cada vez mais odiamos o que é difícil, exigente, rigoroso. Não me admira que, chegadas as próximas eleições, as seitas que nos governam sejam reeleitas.

4 comentários:

  1. A seita aLOJA-se porque o cidadão eleitor tuga aceita...

    Um abraço

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    1. Há qualquer coisa de trágico nessa palavra "tuga". Parece ser uma palavra retrato. O que é um tuga? É aquele que aceite de bom grado ser tutelado por aqueles que andam de loja em loja.

      Abraço

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  2. Totalmente de acordo... Ainda hoje queixava-me da turma de 36 alunos (2 agrupadas) e da minha DT 1º ano CEF de 30 (!!!), 2 turmas juntas na componente sociocultural, quando um colega sem colocação diz: pronto, mas tens trabalho, isto está mau e coisas do género. Compreendo o que quis dizer mas á escrevi tb sobre isso: de como são tempos perigosos por causa disto mesmo. O ter trabalho a justificar a deterioração acelerada das condições... Inaceitável. Então agora comemos tudo e calamos??? (Peço desculpa pela expressão, Jorge.)

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    1. 36 alunos? Mas isso é legal? Tenho uma que já chegou aos 31. Não sei ainda que surpresas me esperam. Esse colega não compreende que se todos tivessem as condições normais, talvez ele tivesse colocação?

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