Edvard Munch - Noite de Verão (Inger na praia) (1889)
Cintilam ao longe as lâmpadas da noite, iluminam caminhos que não
conheço, deixam traços fugidios nas trevas exteriores. O manto negro que vela a
terra reina despótico por onde quer que se estenda o olhar, esconde os segredos
que o dia revelará, abriga, no seu seio, o ódio dos amantes desavindos. Um
calor estival a tudo aquece, fustiga com o seu chicote de aço os corpos
cansados, ávidos do frio que virá. Uma noite de Verão cai assim, louca e
destemperada, sobre os dias que o Outono, para graça dos mortais, deveria dizer
estes são os meus dias. (averomundo: a prosa
do mundo, 2007-10-21)
Talvez tudo fosse mais suportável se a ardência estival fosse fosse temperada pelo equilíbrio lúcido do Outono.
ResponderEliminarBoa semana meu Caro Jorge
Um abraço
O Outono - quando não lhe dá para imitar ou o Verão ou o Inverno - é a estação mais extraordinária.
EliminarBoa semana.
Abraço
Mais um belíssimo quadro de Munch. Quanto ao resto, por mim seria sempre verão de setembro.
ResponderEliminarPois, depende do sítio onde se está. Aqui, Setembro ainda pode trazer noites bem quentes. Por outro lado, gosto particularmente da melancolia do Outono, desse fim de festa onde a noite se insinua.
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